Muitas pessoas associam o hacker a um criminoso da Internet, mas a sua principal atuação profissional está relacionada, justamente, com o combate ao cibercrime. Listamos tudo o que você precisa saber sobre Hacker: o guia completo para você descobrir tudo o que sempre quis saber sobre Hackers.
Áreas como a cibersegurança ganharam força nos últimos anos, graças à enorme quantidade de dados disponíveis na Internet. Mas as dúvidas sobre a origem dos hackers, o que eles fazem exatamente, onde atuam, quais os tipos existentes e como se tornar um profissional ainda são recorrentes.
Para te ajudar a descobrir tudo o que sempre quis saber sobre um hacker, preparamos este material repleto de curiosidades e termos técnicos explicados de maneira simplificada, para você entender tudo de uma vez. Quer dominar o assunto? Então venha com a Acadi TI e desvende de uma vez por todas o universo hacker!
História do Hacker: como tudo começou?
O termo hacker surgiu na década de 1960, para dar nome a universitários membros do “Tech Model Railroad Club”, do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), que utilizavam computadores em rede para descobrir formas de resolver problemas de computação.
Já na década de 1970, outro clube de computação foi criado, dessa vez, no Vale do Silício. “O Homebrew Computer Club” reuniu adoradores da informática, incluindo figuras importantes como Steve Jobs.
Mas é interessante citar que, embora o termo ainda não fosse conhecido, existem relatos sobre hacking desde a década de 1870. Nessa época, adolescentes
já tentavam burlar sistemas telefônicos.
Foi na década de 1990 que a “cultura hacker” se difundiu, graças a expansão da Internet e o acesso facilitado dos jovens à rede. Os anos 90 foram marcados, ainda, pela expansão dos vírus de computadores e dos primeiros grandes ataques hackers.
Em 1998, por exemplo, um grupo hacker chamado L0pht ameaçou o Congresso Americano de derrubar a Internet. Para demonstrar sua força, um hacker conhecido como Mafiaboy tirou do ar os sites da Yahoo, Amazon e Ebay, dando início a uma série de preocupações internacionais com cibersegurança.
Tipos de Hacker
É muito comum que o hacker seja automaticamente associado a um criminoso da Internet, mas hackers podem utilizar suas habilidades de programação com objetivos completamente diferentes.
Existem diversas categorias de atuação para um hacker e algumas delas podem, inclusive, auxiliar empresas e organizações a identificarem brechas e falhas de segurança em seus sistemas.
Logo abaixo, vamos entender melhor quais são os tipos de hackers, exemplos e como diferenciar cada um deles.
Primeira certificação INTERNACIONAL em cibersegurança
Proteção de dados e privacidade na internet ( CSCU | EC-Council)
Hacker White Hat
O hacker white hat ou chapéu branco é o especialista considerado como hacker ético. Esse profissional atua, principalmente, no combate ao cibercrime e pode encontrar um mercado de trabalho repleto de oportunidades e em plena ascensão.
O hacker ético, também conhecido como hacker do bem, é o profissional de cibersegurança responsável por detectar vulnerabilidades e falhas em sistemas de dados de empresas privadas ou organizações governamentais. Dessa forma, ele pode proteger a empresa de tentativas de invasões cibernéticas, evitando o vazamento de informações e, até mesmo, prejuízos financeiros.
Hacker Black Hat
Ao contrário do hacker do bem, o hacker black hat é o profissional da área de Tecnologia da Informação que utiliza seu conhecimento avançado em programação e desenvolvimento de sistemas com más intenções. Esse tipo de hacker comete crimes cibernéticos movido por diferentes motivações, normalmente pessoais.
Também conhecido como cracker, esse indivíduo invade sistemas de segurança de forma ilegal, sem qualquer preocupação ética. São práticas comuns de black hat o roubo de senhas, fraudes bancárias e eletrônicas, furto de informações sigilosas e dados pessoais.
Hacker Gray Hat
O hacker gray hat é conhecido por ficar “em cima do muro”, entre white hat e black hat. Esse tipo de hacker não comete nenhum crime, propriamente dito, mas pode encontrar falhas de segurança, acessar e repassar informações sigilosas e não informar a empresa sobre a vulnerabilidade encontrada no sistema.
Sua principal diferença de um hacker black hat, é que o gray hat pode cometer alguma violação, mas não possui intenção criminosa. Mas é importante ressaltar que no momento em que um gray hat infringir a lei, roubando uma senha, por exemplo, ele se torna um black hat automaticamente.
Hacker Nacionalista
O hacker nacionalista pratica o chamado cibernacionalismo e, normalmente, é protegido pela lei por atuar diretamente para o governo. Hackers nacionalistas costumam trabalhar pelos interesses de um governo, realizando ataques virtuais contra outros países.
Essa prática é bastante comum em países como Japão, China e Rússia. A China, por exemplo, costuma utilizar esses hackers para promover suas causas nacionalistas e invadir dados sigilosos de outras nações, como Estados Unidos e União Europeia.
Hacker Ativista
O hacker ativista pratica o chamado hacktivismo, utilizando suas habilidades em Tecnologia da Informação para fins políticos e ideológicos. Normalmente, os hacktivistas atuam em rede e desempenham papéis políticos importantes na sociedade atual, expondo escândalos de corrupção e cobrando posicionamentos de governos, corporações e figuras públicas.
São exemplos de hackers ativistas o WikiLeaks, organização de mídia hacktivista, e o Anonymous, movimento hacktivista internacional que atua de forma descentralizada e que, recentemente, divulgou informações sigilosas sobre o presidente Bolsonaro.
Hacker Script Kiddies
Hacker script kiddie é um hacker amador que não possui conhecimentos aprofundados em programação, mas utiliza programas e ferramentas criadas por hackers profissionais para aplicar golpes na Internet.
Os ataques de hackers script kiddie, geralmente, ocorrem por meio de social phishing, que consiste no roubo de informações pessoais, como dados bancários, através de falhas encontradas em sites.
O que um hacker é capaz de fazer?
As possibilidades de atuação de um hacker são bastante amplas e dependem das intenções do especialista de TI. Já vimos, conforme demonstrado acima, que um hacker pode tanto atuar de forma maliciosa, com motivações pessoais ou políticas, quanto ajudar organizações públicas ou privadas a se proteger de ataques cibernéticos.
Agora, vamos explorar algumas das técnicas mais comuns utilizadas pelos hackers atualmente. Confira!
Criptografia
Criptografia é uma prática muito utilizada na segurança cibernética para cifrar informações e mensagens. Ou seja, inserir códigos e algoritmos matemáticos para “embaralhar” o conteúdo transmitido de um usuário para outro.
Por exemplo, você já deve ter recebido uma notificação no seu WhatsApp falando sobre “criptografia de ponta-a-ponta”, não é mesmo? Isso significa que, antes mesmo de sair do seu aplicativo, a mensagem que você está enviando contém uma chave de decodificação e só poderá ser decifrada pelo celular do usuário com quem você está falando.
Desse modo, a criptografia protege diferentes tipos de dados que circulam online durante a nossa vida cotidiana. Pense, por exemplo, nas suas trocas de e-mail, telefonemas, uso de mídias sociais, senhas, conexões públicas de Wi-Fi, compras online e informações bancárias. Todas essas atividades contêm milhares de dados que não podem ser violados.
Logo, a criptografia é configurada por profissionais de cibersegurança para evitar que usuários de internet e seus dados pessoais sofram ataques de hackers ou violação de dados.
DoS e DDoS
Ataques do tipo Dos e DDos têm o mesmo princípio, mas aplicações diferentes. De maneira geral, nesses tipos de ataque o hacker força uma sobrecarga em computadores ou servidores, inutilizando determinados recursos do sistema.
Os ataques Dos têm como alvos mais comuns os servidores web, como serviços de hospedagem de sites. Nesse tipo de ação, também conhecida como ataque de negação de serviço, o hacker utiliza um único computador para enviar diversos pedidos de pacotes de dados e sobrecarregar um servidor.
Dessa forma, é possível derrubar, por exemplo, páginas e sites hospedados na web. É importante ressaltar que um ataque Dos tem alcance reduzido, por isso só consegue indisponibilizar servidores e computadores fracos.
Já no ataque DDos, também chamado de ataque distribuído de negação de serviço, o hacker utiliza um computador central para controlar, até mesmo, milhões de outros computadores.
Essas máquinas são conhecidas como zumbis, e atuam todas ao mesmo tempo tentando acessar um único recurso do servidor. Assim, o servidor web fica sobrecarregado e trava, tornando-se indisponível.
Deface
Deface é a abreviação popular da técnica defacement, que nada mais é do que modificar a aparência de uma página ou site por meio de suas vulnerabilidades. Também conhecido como phishing, esse tipo de ataque normalmente ocorre por motivações políticas ou ativistas, como na invasão de páginas de organizações privadas ou do governo para desmoralizar suas informações e espalhar fake news.
O deface ou phishing é realizado por usuários com pouco conhecimento técnico, os chamados defacers. Apesar da pouca técnica em programação, a noção dos defacers é suficiente para modificar o conteúdo de sites e roubar senhas de acesso à internet.
Exploit
Um exploit é uma falha de segurança em um software ou hardware, que ocorre durante o desenvolvimento do serviço ou da máquina. Essa falha pode decorrer tanto de um erro de programação, quanto ser elaborada por hackers de maneira proposital para futuros acessos.
Independentemente do que causou a vulnerabilidade, o exploit existe mesmo que o usuário não tenha clicado em nenhum link ou feito algum download malicioso.
Por esse motivo, é comum que hackers descubram falhas em um sistema, computador ou aparelho eletrônico, utilizando-as para fazer algum tipo de ataque cibernético, como DDoS ou deface, que citamos anteriormente.
Força bruta
O ataque de força bruta é antigo, porém ainda muito utilizado pelos hackers. Trata-se de descobrir senhas de acesso de usuários por meio de tentativa e erro.
Isso mesmo! Apesar de parecer ultrapassado, muitos ataques de força bruta ocorrem de maneira manual, através do chamado ataque de dicionário. Nesse método, o hacker cria uma lista com possíveis combinações de senhas e as testa até obter acesso.
Na mesma linha, existe o ataque de força bruta reversa, em que os hackers também trabalham por tentativa e erro, mas utilizam bancos de dados e informações de usuários que já foram vazadas anteriormente.
Há também o ataque de força bruta híbrido. Nesse tipo de técnica, os hackers fazem um cálculo de probabilidade de combinações utilizando bancos de dados já existente. A partir disso, seguem o ataque por meio de tentativa simples.
Existe, ainda, a técnica de credential stuffing. Por meio dela, os hackers se aproveitam de brechas de segurança para testar combinações de senhas repetidas de usuários.
Esse tipo de ataque ocorre, principalmente, nos casos em que os usuários utilizam a mesma senha em diferentes plataformas. Uma vez que alguma dessas plataformas tenha sido violada, os hacker aproveitam os dados do usuário para tentar o acesso nas demais contas.
Jailbreak
De maneira geral, a Apple não permite que o usuário faça nenhuma alteração em suas peças de software ou hardware. Isso vale tanto para iPhone, quanto para iPads e iPods.
Naturalmente, isso trouxe algumas limitações aos usuários, como não poder instalar aplicativos fora da App Store. Foi então que os hackers desenvolveram um método para burlar o sistema iOS: o chamado Jailbreak.
Por meio do jailbreak, o usuário da Apple pode fazer modificações na pasta raiz do iOS, liberando o acesso a aplicativos de outros sistemas operacionais. Apesar de ser executado de forma relativamente simples, os hackers precisam atualizar as ferramentas de jailbreak sempre que, por exemplo, uma nova versão do iPhone é lançada.
Hacker Profissional (ou Ethical Hacker)
O Hacker Profissional, também conhecido como Ethical Hacker, é um especialista em cibersegurança, altamente valorizado, que atua para empresas privadas, agências governamentais ou federais e empresas de consultoria financeira. Além disso, pode trabalhar como consultor independente utilizando bug bounty, que são programas de premiação para hackers que detectam vulnerabilidades em sistemas específicos.
Em 2020, a procura por esses profissionais aumentou exponencialmente em função da pandemia de coronavírus. Com milhares de pessoas trabalhando em regime de home office, as empresas ficaram mais suscetíveis a terem seus dados e informações violados por um ataque virtual.
Em consequência, as empresas vão precisar, cada vez mais, de profissionais especializados em segurança cibernética.
Quais são os programas que os hackers usam?
Para ajudar você que deseja atuar como ethical hacker, listamos alguns dos principais programas e ferramentas utilizadas por profissionais de cibersegurança. Veja!
Nmap
O Nmap (Network Mapper) é um programa gratuito utilizado para monitorar e mapear serviços disponíveis na rede.
THC Hydra
O THC Hydra é uma ferramenta também gratuita que utiliza ataques de força bruta para quebrar senhas.
Sqlmap
Sqlmap é uma solução de código aberto que automatiza o processo de busca de falhas a partir de comandos pré-configurados.
Metasploit Penetration Testing
Metasploit é um framework utilizado para fazer pentest (teste de invasão) e explorar a segurança de um sistema ou computador. Possui versões gratuita e paga.
Onde o hacker profissional pode atuar?
O mercado para o ethical hacker é repleto de possibilidades. Nunca se falou tanto em cibersegurança, ao mesmo tempo em que existem poucos profissionais qualificados disponíveis. Então se você deseja se destacar, é melhor ficar atento!
Um hacker profissional pode atuar como PenTester para uma empresa ou organização. Ou seja, utilizar técnicas e ferramentas para identificar possíveis falhas no sistema de segurança da informação.
Ethical hackers podem trabalhar, ainda, como desenvolvedores de sistemas. Esses profissionais utilizam o conhecimento em programação para modificar ou inserir funcionalidades a um sistema de segurança.
O hacker do bem também pode prestar serviços de forma autônoma através de plataformas de Bug Bounty. Nesse tipo de programa, as empresas oferecem recompensas em dinheiro para hackers que descobrirem e relatarem falhas de segurança em seus sistemas.
O salário de um Ethical Hacker pode chegar a R$ 50 mil, dependendo da sua experiência e qualificação. Para isso, é fundamental buscar as principais certificações internacionais exigidas pelo mercado de cibersegurança.
Esse é o caso do “Certified Ethical Hacker (CEH)”, emitido pela EC-Council, líder global em programas de certificação na área. Mas conquistar um dos certificados mais concorridos e solicitados por contratantes no Brasil não é tarefa fácil.
Pensando nisso, criamos um treinamento preparatório completo para profissionais que sonham com a Certificação de Ethical Hacker. Conheça o CEH v10 Training & Certification Courses, curso da Acadi TI que vai encurtar a sua jornada rumo à profissão de Ethical Hacker!
E se ainda lhe restam dúvidas de como ser um Hacker profissional, falamos um pouco mais aqui.